Ao todo, 49 pessoas físicas “investiram” quantias superiores a R$1 milhão nas campanhas de diversos candidatos a governo, Câmara e Senado. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil.
CLÁUDIO HUMBERTO
Os milionários brasileiros, entre os quais alguns economistas tucanos que declararam voto em Lula, abriram a carteira e contribuíram forte com as campanhas no primeiro turno: foram R$652,9 milhões em doações. De acordo com a hipocrisia em vigor, empresas não podem doar, mas os donos, sim. Ao todo, 49 pessoas físicas “investiram” quantias superiores a R$ 1 milhão. Só Rubens Ometto, rei das distribuidoras de combustíveis, despejou R$ 8,7 milhões na campanha de diversos partidos e candidatos.
Irmãos unidos
Os gêmeos Alexandre e Pedro Grendene esbanjaram, juntos, cerca de R$11 milhões e fecham o pódio da lista de generosas doações.
Investimento de risco
Além das doações de pessoa física, os candidatos também investiram pesado do próprio bolso em suas campanhas: R$143,3 milhões.
Mão boba no bolso
Políticos usaram a decisão do STF de proibir doações de empresas para aprovar lei que os autoriza a financiar campanhas com dinheiro público.
Na nossa conta
Dados do TSE fazem parecer que partidos “economizaram” muito para a eleição. São R$10 bilhões em despesas, o dobro do Fundão eleitoral.