Segundo Sachsida, o governo não trabalha com controle de preços. Foto: André Motta de Souza/Agência Petrobras.
CLÁUDIO HUMBERTO
No dia em que a Petrobras escolheu o novo presidente, associação de distribuidores independentes (AbriLivre) defendeu uma “intervenção momentânea” na estatal. Para o diretor Rodrigo Zingales, a lorota de livre mercado não existe no setor, pois a Petrobras tem o monopólio do refino e há oligopólio entre distribuidoras, impedindo a precificação pela oferta e demanda. Zingales prevê que intervenção possibilitaria “preços baseados em custos efetivos e uma margem de lucro razoável a seus acionistas”.
Simples assim
O diretor é taxativo. “A única forma de se garantir um preço de equilíbrio no curto prazo é a partir da intervenção momentânea”, disse.
Autorregulação
O preço internacional é definido pelos países exportadores (OPEP) e, quando a demanda sobe e a produção se mantém, o preço acompanha.
Efeito do lockdown
Ao longo da pandemia, com queda na utilização, o barril de petróleo chegou a ser negativo. Era melhor dar petróleo em vez de armazená-lo.
Poder sem Pudor
Perdidos na noite
Logo nos primeiros dias como presidente, João Goulart chamou o assessor de imprensa, Raul Ryff, meteu-se num Fusca e saiu dirigindo na noite da desconhecida Brasília, com suas avenidas largas e superquadras estranhas. De repente se deparou com um caminhão, frente a frente. Estava na contramão. O caminhoneiro gritou: “Amigo, não sou daqui. Como faço para chegar no final da Asa Norte?” Jango olhou para Ryff e, divertido, desculpou-se: “Ih, rapaz, não sei. É que eu também não sou daqui!…” E foi embora, às gargalhadas.
Seara alheia
Ninguém ouve ministros da Suprema Corte dos EUA se manifestarem fora dos autos, mas os ministros do STF não param de palpitar inclusive sobre assunto interno americano: a recente decisão sobre aborto.
‘Crimideia’ no Brasil
O cientista político Fernando Schuler fez um paralelo brilhante da censura imposta ao partido PCO, pelo ministro Alexandre de Moraes, com o “crimideia”, descrito em 1984, de George Orwell, em que a ditadura tenta controlar falas, ações e pensamentos dos cidadãos.
Caça petista
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados marcou para esta quarta-feira (29) a discussão sete processos por quebra de decoro. Cinco são ações contra deputados a pedido de parlamentares do PT.
São Paulo na frente
Líder do governo no Senado, Carlos Portinho parabenizou São Paulo pela pronta redução do ICMS e lembrou que não perde arrecadação, pois o cidadão vai gastar mais “no supermercado, no gás e outros bens”.
Passou
O Brasil ultrapassou oficialmente o Canadá na proporção de vacinados na população. O Canadá tem 86,09% de pessoas com ao menos uma dose e o Brasil já tem 86,25%, segundo o Our World in Data.
Descontrole
O INSS pagou 8,5 mil benefícios a pessoas mortas, segundo auditoria do TCU. A corte de contas deu 150 dias para que o órgão crie formas que impeçam pagamentos indevidos ou acima do teto constitucional.
Lá e cá
O deputado Marco Feliciano diz haver diferença entre quem confrontou Roberto Barroso (STF) no Reino Unido e quem faz aqui. “Lá fora os ministros irão ouvir a verdade, pois não podem prender quem a disser”.
Alô, Moraes!
Rogério Marinho chama de “patética e desleal” propaganda de Fátima Bezerra (PT-RN) tomando como suas as entregas de casas e barragens pagas pelo governo federal. Faltou lembrar a governadora, que tenta reeleição, que fake news pode cassar a candidatura, segundo o TSE.
Pensando bem…
…trocar general por general não deveria ser exatamente uma surpresa.