Portal da Transparência da empresa mostra que foram gastos R$6,8 milhões em passagens e diárias somente entre janeiro e março de 2022. Foto: Fernando Frazão/ABr
CLÁUDIO HUMBERTO
Enquanto o brasileiro paga R$8 por litro de gasolina, mais de R$100 por um botijão de gás e nem sonha com uma diminuição nos preços, a crise não afeta a Petrobras ou seus funcionários, que desfrutam das benesses da estatal do petróleo. Benesses bancadas pelos aumentos além da conta e lucros recordes. O Portal da Transparência da empresa mostra que foram gastos R$6,8 milhões em passagens e diárias somente entre janeiro e março de 2022. No total, 122 viagens de classe executiva.
Classe exclusiva
Só as 122 viagens de classe executiva que a Petrobras bancou para os funcionários, este ano, custaram R$2,1 milhões. A estatal não comentou.
Estatal = do povo
Uma única viagem (de classe executiva, claro) de um administrador de planejamento de projetos custou mais de R$92 mil à Petrobras.
Dinheiro de sobra
A maior parte dos gastos, R$5,7 milhões, corresponde às passagens aéreas. O restante vai para hospedagem, diárias etc.
É um mistéria
Questionada, a Petrobras não explicou os critérios de elegibilidade e limite de gastos para viagens de empregados em classe executiva.