Rodrigo Maia é anunciado como secretário no governo Doria. Foto: Governo de SP/Reprodução.
CLÁUDIO HUMBERTO
Com dificuldades de impulsionar a campanha presidencial, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), tem tropeçado nas más escolhas que fez, mas nenhuma foi pior que a do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia para a função de coordenador de campanha. Apesar de toda a propalada experiência, Maia não agiu para criar uma saída honrosa para Doria, como disputar a reeleição, até pelo bom governo que faz, como reconhecem até os adversários, ou a vaga de senador por São Paulo.
Conspiração em curso
Doria também enfrenta o risco da conspiração de velhos tucanos, que ele derrotou nas prévias, para impedir sua candidatura.
Falta de coordenação
O “coordenador Maia” tem sido criticado por tucanos leais a Doria pela incapacidade de articular a neutralização da trama contra o candidato.
Vitória só no passado
Doria deveria ter lembrado que Maia desistiu da candidatura a deputado, no Rio, por falta de votos. E pela quase certeza de derrota humilhante.
Poder sem Pudor
Como perder votos
Reza a lenda da política baiana que o vereador Nei Ferreira fazia em Conquista sua campanha pela reeleição quando foi recebido com festa em um bairro da cidade. “Quero 750 votos aqui!” gritou no palanque. O cabo eleitoral puxou o microfone e exclamou, empolgado: “Nei, aqui você vai ter 1.500 votos!” Microfone aberto, Nei Ferreira foi direto ao ponto: “Já soube que 1.500 eleitores prometeram votar em mim, aqui no bairro, mas como eleitor é um bicho muito safado, aceito a metade.” A sinceridade custou-lhe a reeleição.
A blindagem de Toffoli
A decisão do ministro Dias Toffoli, do STF, blindando membros do Ministério Público e da Justiça de processos e acusações por crime de prevaricação, caiu como uma bomba durante a posse do ministro Edson Fachin. O tititi foi mais forte que o discurso do novo presidente do TSE.
Como pode?
“Analistas da economia”, que só apostam no pior, estão inconsoláveis: a B3, Bolsa de São Paulo, tem recebido investimentos estrangeiros de mais de R$2 bilhões ao dia, em média, e o dólar ontem chegou a R$4,99.
Devagar… parando…
Após sinalizar que priorizaria a reforma tributária no primeiro semestre, o presidente roda-presa do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu… criar uma comissão sobre o assunto com o Supremo Tribunal Federal.
Que horror
Presidente pouco-faz da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) avisou que só vai discutir e deliberar a PEC da reforma tributária “após a semana do Carnaval”.
Brasil inovador
Levantamento da britânica Innovative Finance mostrou que o Brasil foi o 3º país que mais captou recursos para fintechs, atrás de EUA e Reino Unido. Foram US$3,5 bilhões em 2021 mais que o triplo de 2019.
Vacinação por sexo
Cinco anos depois
Mais de cinco anos o acidente da cia. aérea Lamia, que tirou a vida de 71 pessoas, a CPI da Chapecoense do Senado aprovou convocar a seguradora Tokio Marine, que investiga o caso. Sem data prevista, claro.
Monopólio já é privado
Professor da Univustíveis e lembra que economistas previam há 80 anos que a falta de concorrência levaria o monopólio estatal à falência.
Pensando bem…
…vivemos para assistir a esquerda brasileira bater palmas para os EUA, descartando o velho e abestado “yankee, go home!”.