A jogada malandra repete outra, de 2020, que viabilizou empréstimo de R$16,1 bilhões às distribuidoras para impedir aumentos de tarifas na pandemia. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
CLÁUDIO HUMBERTO
Com Tiago Vasconcelos
Esfregando as mãos pelos empréstimos de R$20 bilhões que vão tomar dos bancos para que nós, consumidores, paguemos as amortizações nas contas de luz mensais, as distribuidoras de energia queriam também aplicar calote de R$5,2 bilhões de novembro devidos no Mercado de Curto Prazo, onde são contabilizadas as diferenças entre a energia contratada e o volume que foi consumido. Sempre alegando a “grave crise hídrica” em que não faltou água nas torneiras.
Roteiro malandro
A distribuidoras pagaram R$4,1 bilhões, mas o pedido à Aneel para aplicar calote está mantido. Se conseguirem, ficam para outro mês.
Eles é que decidem
Os técnicos são contra “autorizar” o calote, mas a decisão será da Aneel nas próximas reuniões, a serem retomadas a partir do dia 25.
MP inacreditável
Os “empréstimos” foram autorizados por uma inacreditável medida provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Esperteza, parte II
A MP 1078 repete a MP esperta de 2020, quando tomaram os R$16,1 bilhões que ainda pagamos na conta de luz, na Bandeira Vermelha P2.