Novamente, sob os auspícios da Aneel, “agência reguladora” de energia elétrica, as distribuidoras de energia cobraram a mais dos consumidores R$5,2 bilhões, entre 2017 e 2020. É o terceiro caso de apropriação indébita, mas a Aneel sempre dispensa as distribuidoras devolverem o dinheiro que tomam do consumidor, reforçando suspeitas de relações inapropriadas entre empresas e dirigentes da agência. O primeiro afano, registrado entre 2002 e 2009, totalizou R$7 bilhões cobrados a mais.
Essa Aneel…
Se não há dolo na Aneel nessas cobranças malandras, há uma estranha incapacidade de evitar que milhões de consumidores sejam ludibriados.
Estranha proteção
O primeiro caso rendeu até CPI, inútil como tantas outras, mas a decisão da Aneel foi dispensar as empresas de devolver o dinheiro.
Gostaram do jogo
Demonstrando que a cobrança indevida parece fazer parte do negócio, as distribuidoras meteram R$1,6 bilhão no bolso, entre 2010 e 2015.
Vai que é teu
Certas da impunidade na Aneel, adicionaram 5% às contas de luz, de 2017 e 2020. A CGU descobriu. Os três afanos totalizam R$13,8 bilhões.