Aumento anunciado pela Petrobras reforçou a suspeita, no governo, de influência político-partidária na decisão dos tecnocratas da estatal. ( Foto: Valter Campanato/ABr)
CLÁUDIO HUMBERTO
O aumento-jumbo dos combustíveis, anunciado nesta segunda (25) pela Petrobras, reforçou a suspeita, no governo, de influência político-partidária na decisão dos tecnocratas da estatal que fixam percentuais de reajuste. A suspeita decorre do reajuste cavalar de 9,1% no diesel 48h depois de o governo evitar uma greve dos caminhoneiros de proporções imprevisíveis. “Aumentar o diesel em 9,5% mais parece uma provocação para tornar a greve inevitável”, admite importante integrante do governo.
Números estranhos
O aumento, 17 dias antes, no diesel, de 3,1%, já pareceu estranho em Brasília, que o atribui, em parte, ao aparelhamento político da estatal.
Boquinhas ativistas
Governos do PT “aparelharam” o governo nomeando ativistas sobretudo nas estatais, onde salários são maiores e os privilégios mais amplos.
Desafio explícito
Os tecnocratas aumentaram a gasolina em 7% um dia após Arthur Lira prometer reduzir esse preço em 8% com proposta aprovada na Câmara.
Gula contida
A ideia da proposta é que o ICMS não torne mais caro o combustível. Por isso o projeto aprovado na Câmara torna fixo o percentual do tributo.