O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco Foto: Marcelo Camargo/Agência Senado
CLÁUDIO HUMBERTO
A estratégia do mineiro Rodrigo Pacheco, em sua campanha à sucessão presidencial de 2022, está definida: imitar o falecido presidente Juscelino Kubitschek. A ideia do presidente do Senado, de acordo com pessoas próximas a ele, é “aparelhar” a imagem do saudoso fundador de Brasília. Por enquanto, a afinidade mais relevante é o Estado onde nasceram. A escolha do novo partido não é casual: o PSD foi a sigla de JK. Hoje é presidido por Gilberto Kassab, com quem ele acertou filiação há meses.
JK não faria isso
Pacheco iniciou a campanha com uma lorota que o sincero JK evitaria: divulgou haver decidido filiar-se ao PSD ontem. Ele decidiu em julho.
Acerto em julho
Esta coluna noticiou em 13 de julho que Pacheco se filiaria em outubro ao PSD. Combinou com Kassab. A festa de filiação será no dia 27.
Self no Memorial
A estratégia de Pacheco o fez permanecer em Brasília, num domingo, 12 de setembro, para não perder o evento do 119º aniversário de JK.
Poder sem Pudor
Deus no céu, ACM…
ACM detestava Fernando Henrique e tinha lá suas razões. Quando presidente, FHC costumava contar uma piada ocorrida após a morte do babalaô. No Inferno, ACM tirou do sério o Diabo, que telefonou a Deus pedindo socorro: “Não agüento mais! ACM dá palpite em tudo, quer saber as maldades, sugere aperfeiçoamentos. Não dá. Leve ele aí pra cima.” Deus aceitou ACM. Tempos depois, intrigado, o Demo ligou para o Céu: “Deus?” Responderam do outro lado da linha: “Qual dos dois?”
Que horror
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) considera “inaceitável” que autoridades do Amazonas, Estado do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), onde tantos morreram enquanto o governador comprava respiradores em loja de vinhos, não figurem no relatório final.
Fuga covarde
Autor de um dos três votos em separado (até agora) na CPI, o senador Eduardo Girão (Pode-CE) disse que a comissão “fugiu de forma covarde” de investigar os bilhões para o combate à pandemia nos estados.
Lastro necessário
Indagado sobre o lastro da emissão de moeda para bancar o Auxílio Brasil, o especialista em contas públicas Raul Veloso não hesitou: “é a perenidade do setor público, que não acaba nunca”.
Pandemia na educação
Presidida pelo senador Flávio Arns (Podemos-PR), a subcomissão de Acompanhamento da Educação na Pandemia inicia nesta segunda-feira (25) um ciclo de debates sobre o cenário da educação no País.
Colhe o que planta
Presidente do PCO, Rui Pimenta criticou quem apoiou a “arbitrariedade” do STF ao mandar prender o jornalista Allan dos Santos. “Pessoal da esquerda apoia tudo que é contra o Bolsonaro, sem pensar”, disse.
Análise proforma
Além do relatório principal, a CPI da Pandemia vai analisar os votos em separado, incluindo os de autoria dos senadores Marcos Rogério (DEM-RO) e Eduardo Girão (Podemos-CE). Sem chance de aprovação.
Sem discriminação
Apesar de Davi Alcolumbre se manter sentado em cima da sabatina de André Mendonça, o governo federal não discrimina seu Estado. As obras da BR-156 no Amapá seguem em ritmo acelerado.
Lei antes do fato
A Câmara debate dia 22 a regulamentação do Registro Nacional Positivo de Condutores, criado em lei há um ano para listar bons motoristas. O problema é que, até agora, integrar o cadastro não significa nada.
Pensando bem…
…teto de gastos no Brasil é de plástico para os ricos e de concreto para os pobres.