O secretário do Tesouro, Jeferson Bittencourt, disse que esperava um máximo de R$45 bilhões, considerando os valores históricos, e diz ter sido surpreendido. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
CLÁUDIO HUMBERTO
O governo não foi surpreendido com os R$89 bilhões a serem pagos em precatórios em 2021. Fontes do Supremo Tribunal Federal informaram a esta coluna que em junho o Ministério da Economia foi informalmente avisado desse montante, afinal oficializado em julho. O secretário do Tesouro, Jeferson Bittencourt, disse que esperava um máximo de R$45 bilhões, considerando os valores históricos, e diz ter sido surpreendido.
Imobilismo
Diz-se na Justiça que o “aviso informal” de junho dava tempo de negociar até o parcelamento dos precatórios, mas o governo não se mexeu.
Mãos atadas
Desconfiam no Planalto que o valor inédito precatórios objetivaria tirar do governo R$50 bilhões em investimentos no ano eleitoral de 2021.
Bola no chão
O ministro Paulo Guedes (Economia) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, querem que o ministro Luiz Fux seja o árbitro dessa questão.
Toma, o filho é teu
Presidente do STF e CNJ, Fux tem autoridade para definir como pagar os R$89 bilhões em precatórios durante apenas o ano de 2022.