Mãe Gilda de Ogum faleceu no ano de 2000, após repetidos ataques de outras denominações religiosas, sendo símbolo de resistência e luta pela diversidade, inspirando a criação da data.
A yalorixá Jaciara Ribeiro, filha biológica de Mãe Gilda e sua sucessora no terreiro Abassá de Ogum, ressaltou que a data remete a um episódio de extremismo religioso, mas também de fortalecimento. “Esta é uma data muito forte e representativa. Hoje, 21 anos após o falecimento de minha mãe, ainda sofremos com a intolerância e a violência. O dia traz pra gente um grande momento de reflexão e estímulo à denúncia. Reivindicamos o direito de professar nossa fé”, conclamou.
A data
O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa foi instituído em 2007, tendo o caso de Mãe Gilda como um dos mais emblemáticos na luta contra o racismo e o ódio religioso no país. Após ter a imagem maculada e o terreiro invadido e depredado por representantes de outra religião, a sacerdotisa teve agravamentos de problemas de saúde e faleceu em 21 de janeiro de 2000.
O episódio repercutiu amplamente, resultando em projetos de lei na esfera municipal e, em seguida, sendo reconhecido na esfera federal. A data é um marco para fomentar o debate acerca do respeito às diferentes crenças e à liberdade de culto.