CLÁUDIO HUMBERTO
Jair Bolsonaro não vai trocar ministros do seu governo para satisfazer as expectativas de adversários ou para agradar o presidente eleito dos Estados Unidos. “Isso é impensável!”, exclamou o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), que na quarta (11) manteve demorada reunião com o presidente. Grupos de diplomatas acham que o chanceler Ernesto Araújo, de acesso fácil à equipe de Donald Trump, tornou-se “disfuncional” pelas dificuldades que deverá ter com Joe Biden.
MATANDO NO PEITO
A diplomacia brasileira, uma das melhores do mundo, cuidará da relação com o provável governo Biden. Negociar é a expertise do Itamaraty.
SALLES TAMPOUCO
Também a cabeça Ricardo Salles (Meio Ambiente) jamais seria entregue a Biden, como pede a oposição. Ele tem a confiança do presidente.
MINISTROS ‘TÓXICOS’
Críticos do governo Bolsonaro chamam ambos os ministros de “tóxicos”, com dificuldades de estabelecer relações sólidas com outros governos.
SEM AÇODAMENTO
Ricardo Barros acha correto Bolsonaro evitar o “açodamento” e aguardar o anúncio oficial da vitória para só então cumprimentar Joe Biden.