O governo do Estado de São Paulo, por meio do Instituto Butantan, contratou nove voos que sairão da China com destino ao Brasil para o transporte das 6 milhões de doses prontas da vacina Coronavac e do insumo necessário para a formulação e envase das outras 40 milhões de doses das vacinas no país. Ao todo, o material viajará em três voos de carga comerciais e seis voos fretados exclusivamente para trazer esse carregamento especial.
A informação foi publicada neste sábado pela revista Época, em reportagem de Fernanda Bassette. A publicação acrescenta que o governador João Dória (PSDB) chegou a anunciar que as primeiras 6 milhões de doses chegariam ao país até a próxima segunda-feira (2), mas a previsão é que o processo ainda demore entre 15 e 20 dias porque agora depende da autorização de exportação pelo governo chinês. Na quarta-feira, assim que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a importação dos insumos, o Butantan submeteu o pedido aos chineses.
“Nossa prioridade absoluta é que essa matéria-prima chegue ao Brasil o quanto antes para que a vacina comece a ser produzida. Pedimos ajuda à Embaixada da China no Brasil e pedimos urgência na análise. Agora estamos aguardando a resposta”, explicou Dimas Covas, diretor do Butantan.
Tanto as vacinas já prontas quanto a matéria-prima para a formulação das novas doses precisam ser transportadas refrigeradas entre 2 e 8 graus – a mesma temperatura em que é mantida a vacina da gripe, por exemplo. O insumo é líquido e vem armazenado em bolsas de 200 litros, dentro de contêineres nas aeronaves.
“Um dos diferenciais dessa vacina em comparação com as outras é que ela não precisa ser congelada, o que dificultaria e encareceria a logística. Tem vacina que precisa ser congelada a – 70 graus. Num país tropical e de dimensões continentais como o Brasil, não é qualquer vacina que dá para ser distribuída”, explicou o diretor do Butantan.
Fonte: Revista Época / Fernanda Bassette / Clique e leia mais…