Flávio Bolsonaro questionou o secretário da Receita, José Tostes Neto, ao ter acesso, pelas mãos do chefe do Fisco, do histórico de pesquisas em seu nome, documento levantado após a defesa do filho de Bolsonaro solicitar que fossem levantados todos os nomes que haviam buscado informações sobre o senador.
Segundo reportagem de Guilherme Amado na Revista Época deste domingo (25), a cobrança foi feita pessoalmente, no encontro que ele teve com o secretário fora do prédio da Receita, acompanhado de sua defesa, em um endereço discreto em Brasília.
Foi nesse dia que o chefe da Receita atendeu ao pedido que a defesa lhe fizera, de levantar todos os dados de acesso desde 2015, sem satisfazer ao senador.
O encontro com Flávio foi em setembro, portanto semanas depois do 26 de agosto, data em que a defesa do senador esteve pela primeira vez com Tostes Neto, em seu gabinete, mas sem o filho do presidente, que estava com Covid. Esta conversa foi no dia seguinte à conversa com Bolsonaro, Augusto Heleno e Alexandre Ramagem, diretor da Abin.
No dia 26 de agosto, segundo Tostes Neto relatou a pessoas de sua confiança, o chefe da Receita disse que em uma semana entregaria o documento. Na semana seguinte, em um novo encontro com a defesa, também sem Flávio, o secretário explicou que levaria tempo porque o sistema de pesquisa era demasiadamente lento.
No terceiro encontro, em 17 de setembro, desta vez com a presença de Flávio, Tostes Neto mostrou aos presentes uma planilha, com datas e nomes de quem havia acessado o perfil do senador, mas o Flávio reclamou ao não ver as datas em que ele apresentou suas declarações de renda — que não necessariamente deveriam constar do documento.
Fonte: Revista Época / Guilherme Amado / Clique aqui e leia mais…