CLÁUDIO HUMBERTO
A demissão do ministro Abraham Weintraub não deixará o presidente Jair Bolsonaro feliz, porque ele gosta do jeitão beligerante do ministro da Educação, mas ele sabe que precisa se livrar do auxiliar que contribuiu para azedar de vez as relações do governo com o Supremo Tribunal Federal, ao chamar seus ministros de “vagabundos”. O STF está indócil: para os ministros, ao manter Weintraub, Bolsonaro avaliza seus insultos.
PONTO DE PARTIDA
O recado não dito e nem escrito é o seguinte: para dar uma chance ao entendimento com o Planalto, só mesmo após a demissão de Weintraub.
DERROTA PREVISTA
O ministro, que perderá mais uma nesta quarta no STF, está na mira dos. Ministros e será usado ad nauseum para admoestar o presidente.
AGORA SÓ FAZ MAL
Entre ministros com gabinete no Planalto é consensual a necessidade da demissão. “Weintraub virou tóxico para o governo”, disse um deles.
QUESTÃO DE (POUCO) TEMPO
Bolsonaro busca uma solução para não deixar o ministro da Educação “debaixo de chuvas e trovoadas”, enquanto procura um bom substituto.