CLÁUDIO HUMBERTO
A aparente pacificação das relações do presidente Jair Bolsonaro com o ministro da Saúde parece haver desapontado o governador João Doria (PSDB). Não pela paz no lado inimigo, mas porque ele estava louco pela jogada de nomear Luiz Henrique Mandetta para a Secretara de Saúde. Ao ser advertido dessa possibilidade, Bolsonaro avaliou que seria mais inteligente manter o ministro do que entregá-lo ao projeto adversário.
MAIS UM NA LISTA
Não há informações oficiais sobre um plano para atrair Mandetta, mas, caso consumado, seria mais um ex-ministro no secretariado de Doria.
PAULISTÉRIO DE DÓRIA
Na equipe de Doria há vários ex-ministros como Rossieli Soares, Sergio Sá Leitão, Henrique Meirelles, Alexandre Baldy e Vinícius Lummertz.
GRANDE CHANCE
Com Mandetta o governo se livraria do atual secretário, José Henrique Germann, cuja atuação é avaliada “fraca” até por tucanos mais crentes.
SÓ PENSAM NAQUILO
O governador gaúcho Eduardo Leite é mais um gestor público a dar exemplo, reduzindo o próprio salário em 30%. Enquanto isso, políticos da espécie de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre se fingem de mortos.
PENDURADO NA BROCHA
O MDB deixou o deputado Osmar Terra (MDB-RS) pendurado na brocha, quando o Ministério da Saúde esteve na sua mão. Mas se saiu bem: em todas as conversas sempre dizia não ser necessário demitir Mandetta.
NOVO NOME NA RODA
A aproximação de Bolsonaro com o “blocão” liderado pelo Progressistas fez ressurgir o nome do deputado Ricardo Barros (PR) para voltar ao Ministério da Saúde, que chefiou durante o governo Michel Temer.
ABRIL PIOR
Para a FGV, os resultados de queda do índice de confiança do consumidor e do “índice de sentimento do Twitter”, sinalizam uma queda ainda mais forte da confiança do brasileiro no mês de abril.
ISSO VICIA
Ideia de prorrogar mandato de prefeitos e vereadores até 2022, devido à Covid19, pode ser “viciante”, segundo Francis Ricken, mestre em Ciência Política. “Pode abrir caminho e ser fatal para o sistema democrático”.
NÍVEL ‘ACEITÁVEL’
Ao comentar a letalidade do coronavírus no Brasil, o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Kleber, disse esperar que a taxa real fique em torno de 0,5% e 1% dos casos com o aumento dos testes.
PROBLEMA ORÇAMENTÁRIO
O grande número de municípios no Brasil agravou os gastos públicos. “Hoje, há um funcionário público para cada 13,6 brasileiros”, diz o advogado Cloves Souza, para quem a solução não é simples.
OUTROS INIMIGOS
A cobertura monotemática do coronavírus faz parecer que ele é o único problema atual, mas o Butantan elevou a produção de vacinas contra a gripe em 13%. Serão entregues 75 milhões de doses para todo o país.
PERGUNTAR NÃO CONTAMINA
Se vão mandar prender quem estiver na rua, por que libertaram quem estava preso?