O Grande Debate desta segunda-feira (6) do canal CNN Brasil discutou a declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre não ter medo de usar a caneta contra “quem está se achando”. Mesmo sem citar nomes, para muitos ficou evidente tratar-se de eventual demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (Democratas), em meio à pandemia do novo coronavírus. A pergunta que o advogado Thiago Anastácio e para a economista Renata Barreto tentaram responder sobre o assunto foi: Por divergências, Bolsonaro pode demitir Mandetta em meio à crise?
Assiata o debate:
Além desse tema, os dois ainda debateram sobre a proposta do “passaporte da imunidade”, que foi levantada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Eles também falaram sobre a intervenção dos Estados Unidos no comércio global de equipamentos de proteção individual e aparelhos como respiradores.
Sobre as alfinetadas de Bolsonaro para Mandetta, Thiago Anastácio disse ter ficado surpreso com a declaração pública de tom ameaçador. “Resta alguma dúvida [de que ele está ameaçando Mandetta?] Eu honestamente não consigo fazer uma análise. O presidente da República está ameaçando ministros em um momento de crise. Eu não tenho o que comentar”, afirmou.
Renata Barreto disse que parece bem claro sobre a pessoa a quem o presidente se refere, mas acabou concordando com Thiago ao afirmar que, embora haja críticas possíveis a Mandetta é “contraproducente esse tipo de coisa feita em público”. “Não acho que é bom para o governo nem para ninguém”, completou.
Thiago acrescentou: “Eu fico absolutamente pasmo e chocado que o líder brigue dessa forma. É mais ou menos como se, dentro de cunho religioso, Jesus fizesse críticas para os filisteus contra os apóstolos. Ou o líder de uma empresa saísse ameaçando a diretoria a todos os funcionários. Eu fico absolutamente pasmo e não sei mais o que dizer”.