O Ministério Público da Bahia solicitou hoje (18) à Justiça de Esplanada determinação judicial ao Departamento de Perícia Técnica (DPT) do Instituto Médico-Legal do Rio de Janeiro para que o órgão mantenha “intacto” o corpo do miliciano Adriano Magalhães de Nóbrega até a efetivação de novo exame pericial complementar.
Segundo os promotores de Justiça Dario Kist e Gilber de Oliveira, a medida deve ser adotada em razão da revogação do impedimento do enterro do ex-policial do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) do Rio de Janeiro como consequência da extinção, resultante de sua morte, de ações penais ajuizadas contra ele.
O miliciano estava foragido havia mais de um ano e foi morto durante uma operação policial no último dia 9 em um sítio na zona rural da cidade de Esplanada.
Adriano era suspeito de comandar um grupo criminoso que cometeu dezenas de homicídios, o Escritório do Crime. O ex-capitão foi expulso da PM por envolvimento com o jogo do bicho e já foi homenageado mais de uma vez pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro (sem partido), hoje senador.
O MP da Bahia pediu que a Justiça determine ao Departamento de Perícia Técnica (DPT) do Instituto Médico-Legal do Rio de Janeiro, onde está o corpo de Adriano, que:
* mantenha, em caráter de urgência, o cadáver no IML e em conservação;
* seja determinado novo exame de natureza necroscópica;
* que os peritos apontem no laudo: a direção que os projéteis percorreram no corpo; o calibre das armas usadas nos disparos; a distância entre os atiradores e Adriano; e outras informações que considerem relevantes