CLÁUDIO HUMBERTTO
O novo coronavírus monopoliza as atenções da mídia, no Brasil, mas há outros vírus por aqui que exigem preocupação. Entre 2015 e 2019, por exemplo, o Ministério da Saúde registrou 18.578 casos suspeitos do vírus Zika; 3.496 confirmados. Em 2019 houve queda acentuada, mas o Zika continua ativo: dos 1.462 casos suspeitos, só 72 ratificados. Recém-nascidos (77%) foram a maioria das suspeitas ano passado.
UM JÁ É DEMAIS
Em 2019 registraram-se dez mortes associadas ao vírus Zika no País, mas a taxa de mortalidade é bem menor que no coronavírus: 0,006%.
POBRES BEBÊS
Em 2019, dos 72 casos de Zika confirmados 64% são de bebês do sexo feminino. As bebezinhas também são 70% dos óbitos.
PREOCUPAÇÃO JOVEM
Dos 17.116 casos de suspeita de Zika entre 2015 e 2018, a maioria corresponde a recém-nascidos: 13.974, equivalente a 81,6%.
PREOCUPAÇÃO REGIONAL
Entre 2015 e 2018, a maioria dos casos se concentrou no Nordeste (62,6%), seguido pelo Sudeste (20,2%) e Centro-Oeste (8,1%).