Agência ANSA
Pelo menos 32 pessoas morreram e outras 190 ficaram feridas durante um tumulto na cerimônia do funeral de Qassem Soleimani, em Kerman, sua cidade natal no Irã, informou a imprensa local nesta terça-feira (7). A confusão aconteceu enquanto o caixão do general iraniano, morto no último dia 2 de janeiro em um ataque dos Estados Unidos em Bagdá, era preparado para ser sepultado.
Segundo a imprensa, as vítimas teriam morrido pisoteadas. Inicialmente, foi divulgado que 35 pessoas morreram e 48 ficaram feridas, mas o número foi corrigido pelo responsável dos serviços de emergência, Pir Hossein Koolivand, citado pela TV estatal.
Milhares de pessoas participam do cortejo fúnebre carregando bandeiras do país e fotos de Soleimani. Imagens da TV estatal mostram os iranianos tomando as ruas de Kerman. Diversas autoridades do Irã discursaram na cerimônia.
O corpo do comandante, considerado o segundo homem mais poderoso do país, atrás apenas do líder supremo aiatolá Ali Khamenei, será enterrado no chamado Cemitério dos Mártires depois de quatro dias de homenagens.
O cortejo teve início na cidade de Ahvaz, passou pelo município sagrado de Mashhad e depois seguiu para a capital Teerã. Lá, Khamenei liderou uma cerimônia nos arredores da Universidade local e a filha do general, Zeinab Soleimani, afirmou que a morte de seu pai “trará dias mais escuros” aos Estados Unidos. Além disso, ela ressaltou que “o plano maligno” do presidente americano, Donald Trump, de causar separação entre Irã e Iraque falhou.
Terrorismo
Enquanto ocorre o funeral, o Parlamento do Irã aprovou por unanimidade uma moção que classifica todas as forças armadas dos Estados Unidos como “terroristas”, além de destinar cerca de 200 milhões de euros para apoiar a Força Quds, chefiada pelo Soleimani antes de sua morte. (ANSA)