Um grupo de motoristas de transporte por aplicativo protesta na manhã desta segunda (16) em no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. O ato é contra a chacina ocorrida na última sexta-feira (13) quando quatro motoristas foram torturados e assassinados no bairro Jardim Santo Inácio.
Deitados na grama e segurando cartazes, na balança do CAB, onde se concentraram, os manifestantes lembraram a forma cruel como as vítimas morreram: amarradas, amordaçadas e enroladas em sacos de nylon.
Segundo o presidente do Simactter-Ba, Átila Santana, os motoristas esperam ser recebidos pelo secretário de Segurança Pública (SSP). “A gente vai para a SSP e esperamos ser recebidos pelo secretário. Que as medidas preventivas sejam apresentadas. É claro que os comparsas estão aparecendo e sendo mortos. A gente quer mais, queremos medidas de segurança e de ações de prevenção”, afirmou Átila.
Na tarde da última sexta-feira, poucas horas após o crime, motoristas de aplicativos fizeram uma carreata pelas ruas de Salvador para pedir mais segurança. No sábado (14), a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que um dos suspeitos do crime morreu em confronto com policiais militares na noite da sexta-feira, com um outro homem, que não tem relação com o caso. Os nomes dos dois não foram divulgados. Com eles, segundo a SSP, foram apreendidos dois revólveres, sendo um calibre 38 e um calibre 32.
Indignado com a situação enfrentada diariamente pelos motoristas de aplicativo, o sindicalista também cobra ações mais rígidas das empresas. “Cinco corridas às 5h da manhã para um lugar daquele, como é que ninguém da empresa viu aquilo? Como ninguém monitorou aquilo, em um lugar daquele, perigoso e que não há costume de um número de corridas naquele horário. Claro que estava acontecendo alguma coisa”, apontou.