Pedro Peduzzi
Agência Brasil
Adélio foi indiciado na Lei de Segurança Nacional pela Polícia Federal, por admitir a motivação política do crime, e foi transferido pela Polícia Federal (PF) para o presídio federal de Campo Grande, onde encontra-se isolado, por questões de segurança, dos demais detentos. O inquérito apura se há mais envolvidos no ataque a Bolsonaro – hipótese negada pelo agressor.
Dores e remédios
No início da audiência, Bispo alegou dificuldades para falar por sentir dores nos pulmões e nas costelas, por conta das agressões sofridas desde o momento de sua prisão, ao ser imobilizado por policiais e agredido por supostos militantes do PSL.
O agressor foi preso no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp), onde, segundo ele, dividiu com outros seis presos uma cela projetada para duas pessoas.
Perguntado sobre medicações controladas receitadas por psiquiatras, ele disse já ter tomado remédios bastante fortes, mas que, como não tem ido ao médico, não tem usado nenhum nos últimos dias.
“Já tomei diferentes tipos de remédios controlados. Tem um, que não me recordo o nome, que é extremamente forte e derruba em menos de 15 minutos. Também fiz uso do Pamelor 50 [antidepressivo], que é mais brando. Fiz uso de um terceiro que não me lembro mais, mas não estou fazendo uso regular neste momento. Faz um bom tempo que não visito o médico”, disse o autor do atentado.