Depois de décadas no PT, o ex-ministro Antonio Palocci quebrou nesta quarta-feira (6) o silêncio, diante do juiz Sérgio Moro. O depoimento durou cerca de duas horas. (Confira o vídeo acima). Sem meias palavras, o antigo braço direito de Lula acusou o ex-presidente: ele tinha um pacto de sangue com a Odebrecht e recebeu um pacote de propina que incluía o terreno do Instituto Lula, o sítio em Atibaia, palestras com cachê de R$ 200 mil cada uma, e R$ 150 milhões para as campanhas do ex-presidente.
Tudo dinheiro de corrupção em contratos superfaturados com empresas públicas. Palocci afirma que Dilma sabia e compactuava com o esquema criminoso, e que ele e Lula tentaram atrapalhar as investigações da força-tarefa da Lava Jato.
Nesta ação, além de Palocci, são réus o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outras seis pessoas. A ação apura se a Odebrecht pagou propina de R$ 12 milhões a Lula com a compra de um terreno em São Paulo, onde seria construída a sede do Instituto Lula, e também de um apartamento vizinho ao de Lula, em São Bernardo do Campo.