Salvador possui, atualmente, 1.682 mil famílias que deixaram de sacar o benefício do Bolsa Família pelo período de três meses. Este número corresponde ao período de maio a julho deste ano. O prazo máximo para cada família retirar o dinheiro é de 90 dias e, nesse tempo, o valor pode acumular e o beneficiário não perde o direito de receber o que está em conta.
Caso a situação não seja regularizada no decorrer do quarto mês, o direito a receber o benefício relativo ao mês mais distante, neste caso, em maio, é suspenso automaticamente. Se não houver saque por seis meses consecutivos, o benefício é cancelado por ausência reiterada de saque.
O recadastramento, por sua vez, ainda pode ser realizado, a partir de justificativa apresentada pelos favorecidos que, em Salvador, é analisada caso a caso pelo Setor de Atendimento e Acompanhamento do Bolsa Família da Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps). Atualmente, a capital baiana conta com 183.596 beneficiários ativos. “A estratégia utilizada pela Semps para contatar as famílias que estão em atraso com o saque do benefício é por meio de pesquisa telefônica. No entanto, às vezes o trabalho é dificultado por falta de atualização dos dados cadastrais”, explica Leandra Adelino, chefe do setor.
Até esta quarta-feira (20), 4.819 famílias tiveram benefícios bloqueados na capital baiana, devido à falta de atualização cadastral, em 2017. Neste caso, são convocadas as famílias que estão sem atualizar o cadastro há mais de 24 meses. Este ano, a secretaria entrou em contato com 104.196 famílias nesta situação. Além disso, 54.701 famílias foram chamadas este ano para a Averiguação Cadastral, que ocorre quando são identificadas informações divergentes entre o Cadastro Único e outras bases de dados do governo federal.