A Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) recebeu, na tarde desta terça-feira (27), a titular da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Fabya Reis, a chefe de gabinete da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM-BA), Karla Ramos, o reitor da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), José Bites e representantes, alunos e professores da Uneb para avaliar o andamento do caso de Helen Moreira, jovem de 28 anos assassinada a facadas pelo marido em Vera Cruz no início deste mês.
Recém-formada em Pedagogia pela Uneb, Helen Moreira foi morta a facadas no pescoço dentro de casa, na localidade de Conceição, município de Vera Cruz, na Ilha de Itaparica. dia 9 de junho, pelo companheiro Ângelo Silva, 25 anos, que fugiu sem prestar socorro à vítima. Segundo informações da Polícia Militar, o crime foi motivado por ciúmes. Helen trabalhava como pedagoga em Vera Cruz e era uma das coordenadoras do Quilombo Ilha, projeto social que ajuda jovens na preparação para o vestibular.
Anteriormente, o superintendente de Direitos Humanos (SUDH), Emiliano José, já havia se reunido com com o reitor da Uneb e outros representantes da Universidade para articular ações conjuntas com o estado, visando a condenação imediata do criminoso, a elaboração de campanhas contra o feminicídio e o amparo à família da vítima.
Carlos Martins, secretário de Justiça, destacou a importância de se dar visibilidade ao caso. “A Secretaria de Justiça se coloca em total disposição para esclarecer e aprofundar a discussão da morte de Helen e do combate à violência contra as mulheres”, pontuou.
Martins também aproveitou para reiterar o papel da SJDHDS em acompanhar de perto o processo de condenação do responsável pelo crime. Além dos pontos discutidos, o superintendente Emiliano José pontuou que as iniciativas devem ser também a longo prazo. “É muito interessante chamar a Secretaria de Educação para o debate, porque o machismo é algo que nasce em casa e no âmbito escolar. Precisamos nos atentar a isto e trabalhar o tema desde à educação básica”, frisou.
Ao final do encontro, ficou acordado alguns pontos e ações para discussões futuras, a exemplo da criação de comitê interno na Uneb, para acolher e orientar estudantes vítimas de violência; a elaboração de campanhas dentro e fora das universidades estaduais e federais; a formação de uma comissão entre diversas secretarias, incluindo a SJDHDS, SPM, Sepromi, Segurança Pública (SSP), Secretaria de Saúde (Sesab) e de Educação, além de medidas a curto prazo, como o adiantamento do inquérito do feminícidio.