Mais dois macacos foram resgatados nesta manhã (30), na Avenida Vasco da Gama e no Parque da Cidade, no Itaigara, com indícios de contaminação pelo vírus da febre amarela. O resgate dos animais foi realizado através do Grupo Especial de Proteção Ambiental (Gepa) da Guarda Civil Municipal de Salvador (GCM). Dos dois animais resgatados hoje, apenas o macaco encontrado na Vasco da Gama estava morto.

A febre amarela é uma doença febril aguda, de curta duração (no máximo 12 dias) e de gravidade variável, conforme informações do Ministério da Saúde. Na forma grave, são manifestadas insuficiência hepática e renal, que podem levar à morte. A transmissão acontece somente pela picada de mosquitos transmissores infectados. Na doença urbana, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica. Na forma silvestre, os primatas são os principais hospedeiros, e o homem é um hospedeiro acidental.
Desde o início do mês, o órgão já capturou 32 macacos, sendo todos da espécie Mico do Tufo Branco, animal comum na capital baiana. A apreensão dos animais faz parte de uma ação conjunta de combate à febre amarela que envolve órgãos públicos das esferas municipal e estadual, como Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas/Ibama). Vale lembrar, no entanto, que os macacos não transmitem a doença, e sim o mosquito Aedes aegypti.
Com o trabalho de identificação do animal e do local exato onde ele se encontra, o setor de epidemiologia pode traçar um mapa detalhado de onde é possível detectar focos propulsores da febre amarela na cidade. Além do Itaigara, a Guarda Civil já recolheu macacos em bairros como Base Naval, Pirajá, Resgate, Pernambués, Piatã, Vila Laura e Garcia. “Todos os dez animais que resgatamos no Itaigara até agora estavam vivos, porém debilitados e encontrados caídos no chão”, completou o supervisor do Grupamento Ambiental, Robson Pires.