O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli presta mais um depoimento em uma das ações penais da Operação Lava Jato. Nesta terça-feira (14), ele vai falar ao juiz Sérgio Moro na condição de testemunha. Ele foi arrolado no processo pelas defesas do ex-ministro Antônio Palocci, do ex-presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht e pela defesa do ex-diretor da Petrobras, Renato Duque.
Esse processo apura um suposto pagamento de propina por parte do Grupo Odebrecht a Palocci, para que ele usasse a influência que tinha dentro do governo federal para viabilizar contratos entre a empresa e a Petrobras. As investigações deram origem à deflagração da 35ª fase da Operação Lava Jato, que culminou na prisão preventiva do ex-ministro, que nega as acusações.
Gabrielli já prestou diversos depoimentos na Operação Lava Jato, sempre na condição de testemunha. Ele não é réu em nenhum processo da Lava Jato. Dessa vez, o depoimento será tomado por meio de videoconferência. O ex-presidente da Petrobras estará em Salvador, na Bahia.
O pai de Marcelo Odebrecht, Emilio Odebrecht, foi ouvido pelo juiz Sérgio Moro na segunda-feira (13), na condição de testemunha do filho, Marcelo. Ele disse que jamais tratou de pagamentos ilícitos com Antonio Palocci, mas “não tem dúvidas” de que ele pode ter sido um dos operadores do PT e recebido recursos em favor do partido.
O ex-funcionário da Odebrecht Márcio Faria de Albuquerque foi outra pessoa ligada à empresa que também falou no processo. Ele disse diversas vezes, em depoimento à Justiça nesta segunda-feira (13), que Antônio Palocci era o “italiano” que aparecia planilhas de pagamento de propinas da Odebrecht. O ex-ministro nega. A mesma afirmação também foi feita pelo ex-diretor da empreiteira Fernando Sampaio Barbosa, em depoimento prestado em 6 de março.