A força-tarefa de procuradores que atuam nas investigações da Operação Lava Jato confirmou hoje (21) que a empreiteira Odebrecht fechou acordo de leniência com os Estados Unidos e a Suíça. De acordo com as cláusulas, a empresa se comprometeu a pagar multa de R$ 8,5 bilhões para que sejam suspensas todas ações que envolvem a empreiteira e a Braskem, uma das empresas do grupo.
Nos Estados Unidos, a Justiça informou nesta quarta-feira que a Odebrecht admitiu ter pago US$ 788 milhões em propina a funcionários do governo, a representantes desses funcionários e a partidos políticos de 12 países entre 2001 e 2016. Além disso, a Braskem admitiu o pagamento de US$ 250 milhões como suborno de 2006 a 2014, segundo informações do portal G1 e da GloboNews.
O documento do departamento norte-americano, foi tornado público nesta quarta, após as duas empresas assinarem acordos de leniência com os governos da Suíça e dos Estados Unidos com o objetivo de suspender ações judiciais contra as companhias nos dois países. Os acordos foram assinados no âmbito da Operação Lava
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), é o maior acordo em um caso de corrupção no mundo. Ao fechar o acordo, a empreiteira se comprometeu a revelar todos os fatos ilícitos praticados na Petrobras e em outros órgãos do Poder Público envolvendo os governos federal, estadual e municipal. Em troca das informações, a Odebrecht poderá continuar a exercer suas atividades.
“Os acordos de leniência e de colaboração premiada firmados ao longo dos dois últimos anos pela força-tarefa da operação Lava Jato foram essenciais para a expansão das investigações e o desvelamento do maior esquema de corrupção já investigado no Brasil. Possibilitaram ainda o ressarcimento de prejuízos causados aos cofres públicos em cifras recordes, que se encontram dentre as maiores em acordos da espécie no mundo”, diz nota do MPF.
Delação – Além do acordo de leniência, executivos da Odebrecht assinaram acordo de delação premiada no qual foram citados nomes de políticos para quem a empresa fez doações de campanha, que teriam origem ilícita. Os depoimentos foram enviados na segunda-feira (19) ao Supremo Tribunal Federal para homologação.
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André Richter – Agência Brasil
Redação do Jornal da Mídia
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