A vitória expressiva de ACM Neto em Salvador e a conquista do Democratas (DEM) em Camaçari (maior cidade da Região Metropolitana de Salvador) não enfraquecem o governador Rui Costa (PT) para sua possível tentativa de reeleição em 2018, quando ele provavelmente terá como principal adversário ACM Neto.
Essa é a avaliação que faz o professor de Ciência Política da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Joviniano Neto. Em entrevista ao jornal Tribuna, ele analisou que pouco mais de 60% do total do eleitorado baiano está espalhado em cidades que têm menos de 50 mil eleitores.
Ainda de acordo com o especialista, somente 24 das 417 cidades baianas têm colégio eleitoral considerado grande. Joviniano afirma que “sem dúvida” ACM Neto se tornou “candidato natural” da aliança DEM-PMDB-PSDB ao governo do Estado em 2018, mas pondera que a queda acentuada do PT no número de prefeitos eleitos neste ano (saiu de 92 em 2012 para 39 em 2016) não reflete em enfraquecimento automático de Rui Costa.
O cientista político avalia, contudo, que o declínio do PT torna o governador ainda mais dependente do PSD (Partido Socialista Democrático), do senador Otto Alencar; e do Partido Progressista (PP), do atual vice-governador, João Leão. PSD é o partido que mais elegeu prefeitos neste ano, 82 no total. O PP ficou na segunda colocação, com 56 eleitos. (Fonte: Tribuna)