[dropcap]O[/dropcap] novo técnico do Bahia, Guto Ferreira, foi apresentado na tarde desta segunda-feira (27) pela diretoria do clube, no Fazendão. Conhecido como “Gordiola”, Guto começa a dirigir a nova equipe nesta terça-feira (28). Com quatro derrotas consecutivas, o Bahia é um time em crise: está na 9ª posição da tabela de classificação da Série B e tenta de novo subir para a Série A – ano passado acabou a competição bem distante dos quatro clubes que subiram.
Na entrevista coletiva, Guto Ferreira lembrou que assumiu clubes com problemas e colocou o resgate da confiança como ponto primordial para atingir o sucesso.
“Na Chapecoense, ano passado, tínhamos sido goleados em Recife [3 a 0 para o Sport], estava descendo do avião quando soube que a torcida estava nos esperando na entrada do aeroporto. Houve preocupação dos jogadores e disse para eles que iriamos passar e encarar. A responsabilidade era nossa. Fomos recebidos com apoio total, faixas de incentivo. Tivemos dois jogos na sequência. Empatamos com o Libertad [Sul-Americana] e ganhamos do Palmeiras [Campeonato Brasileiro]. A Chapecoense arrancou, se manteve na Série A, fez uma campanha histórica para o clube, que esse ano galgou o título catarinense e teve um início de Brasileiro muito bom. Pegamos a Portuguesa na lanterna, em 2013, uma equipe que tinha vindo da Série A 2, e o torcedor taxava o grupo de incompetente, vagabundo. Encontrei jogadores que já tinham tido destaque no cenário nacional. Nosso trabalho foi resgatar a confiança do grupo, trabalhar, fazer acreditar que o trabalho venceria. Dentro do campo, conseguimos salvar a Portuguesa. Depois, a questão dos tribunais, vocês sabem… Na Ponte Preta, na Série B de 2014, chegamos na 13ª rodada, a Ponte em 12º lugar. A cabeça era de salvar do rebaixamento. Com cinco rodadas de antecedência, muito trabalho, grupo confiante, conseguimos o acesso e brigamos pelo título até a última rodada. É o Guto? Não. O sucesso quem faz são os jogadores”, disse o técnico.
O Bahia volta a campo nesta terça e encara o Oeste, na Fonte Nova. E “Gordiola” acha que o elenco competitivo. ”A maioria dos jogadores que trabalhei foram vencedores nos clubes que trabalhamos juntos. Aqueles que a gente conhece, tem um ou outro que não conheço, mas conheço em grande número. Existe um grupo competitivo. As carências que a gente detectar, tem uma condição já passada pela direção de onde e como buscar. Não adianta só trazer nome. Nome só joga no time do dicionário. Tem que trazer qualidade e pontual para não ter um grupo inchado”, comentou.