Na Bahia, entre os anos de 2014-2015, houve um crescimento da ocupação de 2,7% referente às empregadas domésticas mensalistas com carteira assinada e a jornada de trabalho diminuiu de 54 para 44 horas semanais. A informalidade dessa atividade sofreu redução de 15,4%.
Os dados fazem parte da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) Especial sobre Emprego Doméstico na Região Metropolitana de Salvador (RMS), divulgada nesta segunda-feira (25), pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), que realizou o estudo juntamente com a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). O período investigado compreende, na sua maioria, os anos de 2014 e 2015.
“As informações se referem a dados sobre forma de contratação, atributos pessoais, jornada média de trabalho, região de moradia e de trabalho, contribuição para a Previdência Social e rendimento médio real por hora”, revelam os coordenadores da equipe técnica da SEI, Ana Maria Guerreiro, Ana Margaret Simões e Luís Chateaubriand.
Ano passado, 96,5% dos postos de trabalho estavam ocupados por 113 mil trabalhadores com e sem carteira de trabalho assinada, ou trabalhando como diarista.
Representante do Sindicato dos Domésticos da Bahia, o secretário do Sindoméstico, Francisco Xavier, comemorou os dados, mas com ressalvas. “Nossa prática mostra que toda vez que a categoria adquire direitos, existem pressão e chantagem dos empregadores. Esta luta vem desde os anos 30, mas cada conquista é considerada significativa para todos nós, principalmente a da formalização. Mas, o nosso sonho é a equiparação total dos direitos com os demais trabalhadores brasileiros”, explicou.