CLÁUDIO HUMBERTO
Apesar de enroladas até o pescoço nos crimes apurados na operação Lava Jato, nove empreiteiras embolsaram mais de R$ 1,2 bilhão em recursos públicos no ano passado. Nem a crise econômica impediu o governo da presidente Dilma Rousseff de manter contratos milionários com as construtoras, mas os petistas elegeram uma nova preferida: a Queiroz Galvão recebeu sozinha R$ 421,3 milhões em grana pública.
Rebaixada – Com o presidente Marcelo Odebrecht preso há mais de seis meses, a empreiteira caiu para segundo lugar e recebeu ‘só’ R$ 269,6 milhões.
Recuperação – O governo Dilma provou que não abandona amigos. A mãozinha de R$ 24,8 milhões vai ajudar na recuperação judicial da OAS.
Irmã ‘pobre’ – A Galvão Engenharia recebeu R$ 42 milhões no ano passado, mas é apenas 10% do que foi repassado à irmã rica Queiroz Galvão.
Bolso do colete – O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) está tentando inventar a candidatura do ex-ministro do Turismo Vinicius Lages, seu atual chefe de gabinete, para a prefeitura de Maceió. Difícil será fazer o candidato conhecido em apenas 45 dias de campanha.
Imposto da farra – O deputado Arthur Maia (SD-BA) não acredita em uma recriação da CPMF. “Outro governo até teria credibilidade, mas, neste, sabemos que o recurso vai ser para a gastança irresponsável”, garante.
Oposição animada – A expectativa pelo julgamento no Tribunal de Contas da União (TCU) das pedaladas fiscais de Dilma, referentes às contas do governo em 2015, tem animado parlamentares favoráveis ao impeachment. “O novo julgamento arrocha o governo”, prevê um deputado do PMDB
Desespero geral – Os deputados eleitos pelo Rio de Janeiro estão preocupados com a situação atual na saúde pública do Estado. “A enorme crise na saúde deixa a população desesperada”, critica Sóstenes Cavalcante (PSD).
É uma lenda – As receitas de Jaques Wagner para a economia irritam congressistas. “O governo precisa entender que o Rei Midas (transformava em ouro tudo que tocava) é uma lenda”, ironiza Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA).
Tapete vermelho – Além de gastar R$ 41 milhões do contribuinte com passagens aéreas, os deputados acumulam as milhagens que dão direito a muitas outras regalias como tapete vermelho e sala VIP em aeroportos.
Contabilidade tortuosa – Ao contrário da Câmara, o Senado retalha os dados para complicar a contabilidade dos gastos anuais dos senadores em passagens aéreas e outros gastos reembolsados pela cota parlamentar.
São Tomé – Difícil achar no PMDB quem acredite que Gabriel Chalita vá encarar Marta Suplicy até o fim na briga pelo direito de disputar a Prefeitura de São Paulo. Correligionários duvidam até que Chalita siga na sigla.
Pergunta nas Laranjeiras – Quantas farmácias podem ser reabastecidas com os R$ 2,4 milhões a serem gastos na reforma do Palácio das Laranjeiras (Coluna de Cláudio Humberto. Clique AQUI e leia mais)