Os rodoviários, que já pararam a cidade na semana passada, resolveram voltar a cruzar os braços por 48 horas, a partir do primeiro minuto desta terça-feira. O anúncio foi feito após representantes da categoria deixarem uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que terminou sem acordo.
Depois da reunião, os rodoviários saíram em passeata pelas ruas do Centro, por volta das 16h, interditando avenidas, como a Rio Branco e a Presidente Vargas. As vias só foram liberadas às 18h30m. Preocupada com a possibilidade de a população ficar a pé mais uma vez, a prefeitura anunciou um plano de contingência para os próximos dias.
O objetivo da reunião no TRT era negociar o aumento da categoria junto com os sindicatos das Empresas de Ônibus (Rio Ônibus) e dos Trabalhadores em Transportes Urbanos (Sintraturb). Depois de uma paralisação no ano passado, os rodoviários conseguiram um aumento de 10%, mas o grupo dissidente, que desencadeou o novo movimento, insiste em ter 40%. Nesta segunda-feira, o secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, disse que a prefeitura, com a ajuda da Polícia Militar, do Rio Ônibus, do Metrô Rio, da Supervia e da CCR Barcas, está pronta para garantir a ordem e amenizar os transtornos que a greve poderá causar aos usuários:
— Estamos cobrando delas (das concessionárias de transportes) a execução do plano de contingência. A Polícia Militar está ciente. Ela já sabe quais linhas vão operar o itinerário dos ônibus, e vai agir para evitar depredações como as que aconteceram na semana passada. (Ana Cláudia Costa e Gustavo Goulart, O Globo)