Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Os servidores de órgãos do Ministério da Cultura vão entrar em greve a partir de segunda-feira (12). A paralisação por tempo indeterminado foi confirmada hoje (8), durante uma plenária da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), em Brasília.
Segundo o presidente da Associação dos Servidores do Instituto Brasileiro de Museus, André Andion Angulo, já houve três reuniões com o Ministério do Planejamento, mas as reivindicações, feitas desde a negociação de 2011, não foram atendidas.
“Desde o acordo assinado com alguns pontos que seriam resolvidos em 180 dias, o governo nunca mais sentou com a gente. A greve é um último recurso por conta do Planejamento, que não responde a nenhuma das solicitações”, disse.
Um novo encontro com representantes dos ministérios da Cultura e do Planejamento está previsto para a primeira semana de greve, com a presença de representantes dos servidores e da Condsef.
A assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento informou que o acordo com a área da Cultura iniciou em 2011, foi concluído em 2012 e estará em vigor até janeiro de 2015. Disse ainda que, para evitar o impacto financeiro neste ano fiscal de 2014, não há intenção do governo em repor o salário dos servidores. Ainda conforme a assessoria, o órgão costuma receber representantes das categorias para avaliar os pleitos e definir o que pode ou não ser atendido.
André Andion Angulo classificou o reajuste recebido em 2012 de pífio. De acordo com ele, os servidores de nível superior estão recebendo R$ 1 mil dividido em três vezes; os de nível médio, R$ 930, também parcelados no período. Também titular do Departamento de Educação e Cultura da Condsef, Angulo disse que vários pontos da pauta de reivindicação não foram discutidos. “Agora a gente quer efetivamente a discussão desses pontos pendentes”, reiterou.
O integrante da Condsef afirmou que museus, Biblioteca Nacional e outros órgãos do Ministério da Cultura poderão não funcionar durante a Copa do Mundo, caso as negociações não avancem e a greve continue.