O governo agiu com nomeações e liberação de cerca de R$ 400 milhões em emendas pendentes do Orçamento de 2013 para esvaziar o chamado “blocão”, grupo de partidos aliados liderado pela PMDB da Câmara, mas ainda não conseguiu.
O teste sobre os efeitos das manobras no bloco será a votação do Marco Civil da Internet, nos próximos dias. Mesmo com a desistência formal de três partidos, PP, PROS e PDT, os líderes do “blocão” garantem que, ao lado da oposição, somam mais votos que o grupo fiel ao Planalto: 268 oposicionistas e rebelados contra 245 governistas. Mas há dissidências internas, sem garantias de todos os votos para um lado ou para outro.
O líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ, foto abaixo), afirmou nesta quinta-feira que a aliança informal entre os partidos do “blocão” permanece, mesmo com a saída de PP, PROS e PDT. E avisa que nova derrota será imposta ao governo na próxima semana, na votação do projeto do Marco Civil da Internet.
A briga é apertada, e ainda estão em disputa os 36 votos do PR. Embora integrantes do PR digam que não estão no “blocão”, seus líderes não confirmam esse movimento oficialmente. Cunha garante que eles estão no grupo de rebelados. É com o PR que o “blocão” chega a 268 deputados.(Cristiane Jungblut e Isabel Braga, O Globo)