O fantasma do rebaixamento, que não sai do Fazendão, segue fazendo estragos e gerando bate-boca entre os ex e atuais cartolas do tricolor. O ex-presidente do clube, Marcelo Guimarães Filho, detonou o assessor da atual diretoria, Sidônio Palmeira, classificado por ele como inexperiente e incompetente. Afirmou que as críticas feitas por Palmeira ao elenco desuniu os jogadores. Sidônio declarou que o elenco do Bahia é “mambembe”
Marcelinho disse que Sindônio Palmeira, que é marqueteiro do PT e homem de confiança do governador Jaques Wagner, só quer fazer política. Ele também não poupou o presidente Fernando Schmidt. O ex-presidente, em entrevista ao Correio, deu a entender que o Bahia foi transformado em um cabide de emprego do governo.
Confira trechos da entrevista:
“Antes do Nordeste e do Baiano, a gente poderia ter reforçado mais cedo. Não acho o elenco ruim, mas precisava ser reforçado. Para o segundo semestre, íamos contratar como planejado. Já tinham chegado alguns jogadores, além do (gestor de futebol) Anderson Barros e do (técnico) Cristóvão Borges. De 9 de julho para trás, eu assumo a responsabilidade de bom ou ruim. Dali pra frente, a responsabilidade é de quem está no clube”.
Para o ex-presidente, faltou à nova diretoria habilidade em fazer ajustes no elenco.
“Claramente, são pessoas inexperientes, haja vista a declaração pública que o (assessor da presidência) Sidônio (Palmeira) deu semana passada chamando o time de mambembe. Isso repercutiu muito mal entre os jogadores e duas reuniões foram feitas no centro de treinamentos após esta declaração desastrosa. Hoje, tenho absoluta convicção que não há uma união entre diretoria e atletas. Quem está no Bahia hoje tem dois erros: querer fazer política e não olhar para o time. É essa coisa politizada”.
“O atual presidente (Fernando Schmidt) era secretário do governo do estado e, após a sua saída, a secretaria dois dias depois foi extinta. O assessor especial (Sidônio) é o marqueteiro do governo e braço direito do governador atual. O Pablo (Ramos, diretor de negócios) é ex-assessor da Sedur. Reub (Celestino, diretor administrativo e financeiro) é ex-diretor de empresa pública com status de secretário”.
Sidônio rebate. “Ele foi deputado e presidente. Por isso sempre tenta politizar. Nossa democracia veio pra acabar com isso. A história do Bahia precisa acabar isso. E as pessoas trabalham em algum lugar. O que é preciso é ter competência. E como alguém fala de competência e deixa o caixa zerado?”, questiona. O assessor da presidência também nega que tenha usado o termo ‘mambembe’ para avaliar o grupo.