Há exatos um mês e sete dias no cargo de presidente do Esporte Clube Bahia, Fernando Schmidt, aos 69 anos, tem vivido grandes preocupações. Afinal, ele assumiu o clube em “terra arrasada”, como define o próprio. No entanto, o dirigente garante estar tomando medidas para mudar os rumos do tricolor e promete acionar o ex-presidente Marcelo Guimarães Filho na Justiça para que ele “devolva tudo o que o Bahia perdeu por conta de sua gestão temerária”.
Será uma ação indenizatória que levará em conta todas as dívidas da gestão MGF, como o rombo de R$ 20 milhões contraído só no primeiro semestre deste ano, identificado por auditoria (por questão estratégica, o jurídico do clube não revelou detalhadamente quais pontos serão explorados na ação). Nesta quarta-feira, 16, Schmidt visitou as dependências do Jornal A TARDE para parabenizar a instituição pelos 101 anos de existência, completados na última terça, 15, e falou com exclusividade à reportagem.
Nesta quarta, você se reuniu com a Caixa e participou de audiência na câmara dos deputados. O que esses encontros trouxeram de novidades relacionadas ao Bahia?
O refinanciamento das dívidas dos clubes foi tratado pela primeira vez de maneira responsável na Câmara. Agora, os dirigentes passarão a ter responsabilidades concretas junto à gestão e serão responsabilizados por qualquer gestão temerária que tenha sido feita. E isso tem tudo a ver com o que vem sendo feito agora dentro do Bahia, com espírito profissional, transparência como regra e um Conselho atuante. Quanto à reunião com a Caixa, apresentamos um projeto bem mais amplo do que o mostrado pela gestão anterior, e o que temos de fazer agora é correr atrás das certidões negativas para fechar o patrocínio. (A Tarde)