LUÍS AUGUSTO GOMES
O DEM está encorpando na Bahia, com o iminente ingresso de vários deputados estaduais, como consequência do efeito ACM Neto, mas a posição do partido não muda muito no âmbito nacional, em que é irreversível a tendência ao enfraquecimento.
Isso significa que o prefeito e seu grupo, mais cedo ou mais tarde, terão de procurar outro caminho para dar seguimento a um projeto político ambicioso, que, sem favor, tem como meta final a presidência da República.
O próprio Neto sabe disso, como deixou claro em relativamente recente encontro que teve com dois altos próceres do PDT – o presidente Carlos Lupi e o ministro Manuel Dias –, que o convidaram a filiar-se ao partido.
Testemunha do encontro afirma que o prefeito disse aos interlocutores que “o DEM precisa dele no momento” e que tinha sido eleito “para um mandato de oito anos” na Prefeitura de Salvador, o que o retirava, liminarmente, da disputa pelo governo do Estado.
“Só depois de 2014 é que vou analisar”, teria dito Neto, reiterando a “necessidade de uma boa relação” com o governador Jaques Wagner e com a presidente Dilma Rousseff para tocar a contento sua administração. (Por Escrito)