Agência ANSA
Roma – O ex-premier da Itália, Silvio Berlusconi, pediu que parlamentares de seu partido, o Povo da Liberdade (PDL), “avaliem a possibilidade de apresentar de imediato a sua demissão” para não se renderem a “uma perseguição odiosa imposta pelos italianos de esquerda”. O secretário do PDL, Angelino Alfano, já anunciou que os ministros da legenda renunciaram a seus cargos.
“A decisão tomada ontem pelo presidente do Conselho de Ministros, Enrico Letta, de congelar as atividades de governo, determinando, assim, o aumento do [imposto] IVA é uma grave violação dos termos deste governo, contradiz o plano apresentado à Câmara pelo Premier e nos obrigaria a violar os seus compromissos com os nossos eleitores durante a campanha eleitoral no momento em que votamos a confiança neste Executivo”, acrescentou Berlusconi por meio de uma nota.
Desta maneira, o “ultimato” apresentado pelo primeiro-ministro é “inadmissível e inaceitável”, defendeu Berlusconi.
Letta decidiu na última sexta-feira pedir voto de confiança no Parlamento, o que pode tirá-lo do poder caso não receba aprovação, após os líderes de bancada do Povo da Liberdade (PDL) na Câmara e no Senado italianos ameaçarem nesta semana uma demissão em massa de parlamentares caso Berlusconi tenha seu mandato cassado.
O primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, pediu que a situação do governo italiano “seja esclarecida diante do Parlamento e à luz do sol e dos cidadãos”. (Ansa Brasil)