Agência ANSA – Estadão Conteúdo
São Paulo – Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgados nesta sexta-feira, 27, mostram que a taxa de analfabetismo parou de cair e registrou pequeno aumento no Brasil, entre 2011 e 2012.
Desde que a Pnad passou a cobrir o país inteiro, em 2004, é a primeira vez que o índice ficou maior do que no ano anterior.
A proporção de pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever passou de 8,6% em 2011 para 8,7% em 2012. Em número absolutos, representou um aumento de 297 mil analfabetos, de 12,866 milhões para 13,163 milhões.
O estudo do IBGE também mostrou as dificuldades de manter adolescentes nas salas de aula. Na faixa etária dos 6 a 14 anos, 98,2% frequentam a escola, aponta a Pnad 2012. O índice é o mesmo de 2011. Já na faixa dos 15 aos 17 anos, quando os jovens deviam estar cursando o ensino médio, a presença na escola cai para 84,2% da população, um avanço de meio ponto porcentual em relação aos 83 7% do ano anterior.
Entre os jovens com 18 a 24 anos, portanto em idade universitária, apenas 29,4% estudam. No ano anterior, eram 28,9%. A consequência da saída precoce dos jovens da escola é o ainda baixo nível de instrução da população adulta. Um em cada três brasileiros de 25 anos ou mais (33,5%) não completou o ensino fundamental ou equivalente. Em 2001, eram 31,5%.
A boa notícia foi a redução dos adultos sem instrução, o índice caiu de 15,1% para 11,9%. O porcentual de brasileiros de 25 anos ou mais que concluíram a universidade continua baixo, embora com avanços: passou de 11,4% em 2011 para 12% em 2012.
Desemprego – Na esteira da criação de 1,4 milhão de vagas de trabalho, o desemprego bateu a mínima histórica desde 2001, revelou a Pnad. A taxa de desemprego de 2012 foi 6,1%, ante 6,7% em 2011. Em 2003, a taxa bateu em 9,7%, máxima da década.
Apesar da queda de 2,7% na produção industrial em 2012, a indústria adicionou 724 mil postos de trabalho ano passado, revertendo o fechamento de 1,076 milhão de vagas em 2009 e 2010. Com isso, a participação da indústria no total da população ocupada passou de 13,5% em 2011 para 14,0% em 2012.
O setor de serviços segue como maior empregador da economia, com 45,2% do pessoal ocupado, ou 42,4 milhões de trabalhadores. Nos serviços, foram acrescidos 909 mil vagas de trabalho de 2011 para 2012. (Ansa Brasil)