Agência ANSA
Nova York e Damasco – O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid al Muallem, anunciou nesta segunda-feira (9) que o regime de Bashar al-Assad aceita submeter suas armas químicas ao controle internacional, a fim de evitar uma intervenção militar no país. A declaração do chanceler foi divulgada por uma emissora de televisão local.
Minutos antes, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, tinha elogiado a ideia da Síria colocar seu arsenal sob controle, proposta aventada hoje pelo ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.
Atualmente, Moscou é um dos países que defendem o regime de Assad, e, por isso, barra a aprovação no Conselho de Segurança da ONU de uma ação militar na Síria.
“Entre as propostas que pretendo levar ao Conselho de Segurança há a de enviar, imediatamente, as armas químicas presentes na Síria para um lugar seguro, onde possam ser destruídas”, disse o secretário-geral, em uma coletiva de imprensa. Ele criticou ainda a “embaraçosa paralisação do CS” diante da crise síria.
Ban também destacou que, “se armas químicas foram usadas na Síria, a comunidade internacional deve fazer alguma coisa”. No entanto, ele disse que ainda não recebeu os relatórios finais sobre o uso de armas químicas, preparado por especialistas que estiveram no país.
O chanceler russo alertou hoje que um ataque militar contra a Síria poderia “levar a uma explosão de terrorismo no país e nas nações vizinhas”. Moscou também propôs o envio de representantes à Síria para buscar uma solução pacífica.
A intervenção militar tem sido defendida pelo governo dos Estados Unidos, o qual argumenta ter provas de que Assad usou armas químicas contra civis e rebeldes. (Ansa Brasil)