AGÊNCIA ANSA
Roma – O zagueiro Sergio Chiellini, em entrevista à emissora pública italiana, a RAI, teceu críticas ao horário do jogo entre Uruguai e Itália, que acontecerá às 13h deste domingo, em Salvador, pela disputa do terceiro lugar na Copa das Confederações.
“Parece impensável que depois de dois dias e meio de descanso, teremos que jogar contra o Uruguai, na hora do almoço, com 30ºC e 90% de umidade. Uma tortura”, comentou o jogador, para depois atacar os organizadores do evento com alguma ironia: “Agradecemos em quem pensou nesse calendário”.
A umidade vai ser um problema bem grave. O fisiologista do Esporte Clube Vitória, Valter Abrantes, em entrevista à ANSA na sexta-feira passada, explicou que há uma dificuldade de o corpo trocar calor com o meio ambiente: “Para tentar diminuir a temperatura corporal, o organismo transpira e, com a evaporação do suor, a temperatura corporal diminui. Só que, com uma umidade elevada, esse processo de transpiração fica comprometido, há o aumento da temperatura corporal, mas sem a sensação de sede. Por isso, os atletas devem ter muito cuidado com a hidratação”.
Ele não foi o único a se queixar do calor. O meia Danielle de Rossi, após a vitória italiana sobre o Japão em Pernambuco, saiu exaurido do gramado. “Nunca imaginei um clima desses, ainda mais nesse horário. Fizemos um esforço enorme”, declarou ele. (Ansa Brasil)