AGÊNCIA ANSA
Beirute – Ao menos 102 corpos foram encontrados neste sábado na cidade portuária de Baniyas, na Síria, provavelmente vítimas de um massacre cometido pelo regime de Bashar al-Assad. A informação foi divulgada por organizações de direitos humanos, as quais relataram que, entre os mortos, há mulheres, crianças, jovens e idosos. A maior parte dos corpos ainda não foi identificada e estava no bairro de Ras el Nabaa.
Centenas de famílias sírias tentaram fugir hoje de Baniyas com medo de que o regime de Bashar al-Assad pudesse cometer massacres no local. Muitas pessoas, no entanto, teriam sido impedidas pelas forças leais a Assad de deixar Baniyas. Os moradores tentavam chegar a Tartus, uma cidade vizinha ao sul.
“Os que conseguiram burlar os controles do regime de Assad ficaram escondidos, desesperados, nos dois lados da estrada que liga a Tartus”, disseram testemunhas citadas pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Em Bayda, um município próximo a Baniyas, as forças leais a Assad mataram 40 pessoas recentemente, entre crianças e mulheres, segundo as fontes.
A Itália, por sua vez, condenou a violência contra civis na Síria, especialmente em Baniyas. Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores italiano disse que “o massacre contra civis em Baniyas suscitam horror e testemunham o nível dramático da violência atingida na Síria, que continua a fazer inocentes de vítimas, inclusive mulheres e crianças”. “Os custos humanitários de uma espiral de violência pela qual o regime é responsável atingiram proporções intoleráveis”, destacou a nota.
Pela segunda vez nos últimos dias, o presidente sírio, Bashar al-Assad, apareceu em público na capital Damasco, de acordo com a agência oficial Sana. (AnsaLatina)