LUÍS AUGUSTO GOMES
A tentativa de atribuir-se às mudanças na Secretaria da Fazenda o incremento de arrecadação do ICMS em janeiro e fevereiro, quando totalizou R$ 2,8 bilhões, foi prontamente rechaçada pelo Sindsefaz, que, em nota, disse que as verdadeiras razões foram o aquecimento da economia e as medidas tomadas ao longo de 2012.
A entidade não reeditou linguagem de manifestações anteriores, em que denuncia o assalto do “carlo-soutismo” aos principais postos de direção da secretaria, mas destaca que “não há pirotecnia nem de truques de mágica ou mudança de cargos” para solucionar “dificuldades da arrecadação estadual”.
A nota condena a “guerra fiscal fratricida”, apontando o “esgotamento do modelo” e defendendo “investimentos públicos para reconstruir a logística de escoamento da produção, com portos, aeroportos, ferrovias e rodovias”, o que levaria à expansão de receita “forma constante e segura”.
Luta contra “benesses” será mantida – Depois de registrar o crescimento do imposto numa média anual de 5,5% de 2002 a 2011, mesmo com duas crises econômicas mundiais no período, o sindicato afirma que, como agora, o resultado é fruto do “esforço da fiscalização exercida pela equipe da Sefaz e do trabalho dos baianos”.
Como se sabe, a troca de titulares na Sefaz faz parte da luta entre os auditores fiscais, representados pela IAF, e os inspetores fazendários, vinculados ao Sindisefaz. Por isso, a entidade “chama a atenção para que não se deteriore a relação de trabalho na Fazenda, com práticas que dificultem a atividade sindical”.
A nota é fechada com um recado: “O sindicato continuará, legitimamente, mobilizando a categoria em defesa dos interesses dos fazendários e do povo baiano e combatendo práticas nefastas à sociedade, sobretudo de segmentos que defendem interesses particulares, para manter ou obter benesses junto ao Estado”. (Por Escrito)