LAURO JARDIM
O PPS vai apresentar um voto em separado ao de Odair Cunha, amanhã, durante a sessão da CPI de Cachoeira. Os alvos do partido serão, basicamente, tudo o que a investigação parlamentar deixou pelo caminho. Não é pouca coisa.
O documento traz pedidos de apuração das relações da Delta com o governo federal, principalmente no que diz respeito às informações colhidas no depoimento de Luiz Antônio Pagot.
Para quem não lembra, Pagot afirmou à CPI ter sido procurado por José di Fillipi, então tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff, para passar o chapéu aos empresários que tinham contrato com o Dnit, comandado por Pagot à época.
O voto alternativo também centra fogo contra os governadores Sérgio Carbral, Agnelo Queiroz, Siqueira Campos e Sinval Barbosa, além de Marconi Perillo, que será indiciado por Odir. Para o PPS, todos têm muito a explicar sobre a participação da Delta em suas respectivas administrações.
Vai sobrar até para José Dirceu. Até aí, nenhuma novidade: a Delta é suspeita de ter contratado a JD Assessoria, empresa de consultoria de Dirceu, para ganhar espaço no governo federal. Ao que tudo indica, a conta foi paga pela Sigma Engenharia, do qual Fernando Cavendish era sócio.
Uma coisa é certa: não faltarão disparos na reunião da CPI. (Radar On-line)