CLÁUDIO HUMBERTO
Nas quase trinta viagens nacionais e internacionais na comitiva do ex-presidente, a ex-chefe de gabinete e amiga íntima de Lula, Rosemary Nóvoa de Noronha, raramente constava do “manifesto” – a lista oficial de passageiros em aviões militares, no caso, o Air Force 51 da Força Aérea Brasileira. Obrigatória na aviação comercial, a lista era “furada” por Lula, que tinha a palavra final sobre o assunto, não o comandante.
Manda quem pode – Comum na FAB, a “carona” se institucionalizou com Lula: “Só doido decidiria desautorizado”, diz, sob anonimato, ex-autoridade militar.
Tudo legal – A FAB diz que o Diário Oficial publica a lista da comitiva presidencial, previamente identificada e autorizada, e cumpre normas de segurança.
Negócio da China – Lula foi à China em 2010 (sem Rose) pedir investimentos de US$ 2 bilhões no complexo portuário Barnabé-Bagres, em Santos (SP), alvo do inquérito da PF. Lá, como se sabe, corrupção acaba em tiro.
Segredo de Polichinelo – “Se o avião caísse sem Rose na lista, todos saberiam que estava lá”, diz figura constante à época das viagens de Lula”, acrescentando que a então primeira-dama, Marisa, sabia das viagens, “mas não de todas”. (Coluna de Cláudio Humberto)