Apesar das repetidas declarações em sentido contrário, pouca gente no governo acredita que Jaques Wagner (PT) não promoverá uma mudança no secretariado, como partidos aliados têm exigido e até sua articulação política passou a defender. No momento, a estratégia de Wagner é evitar a desestabilização da atual equipe e mais pressão por substituições no secretariado.
Mas circula que pelo menos quatro nomes estão na mira do governador Jaques Wagner para a hipótese de ele decidir, de fato, fazer uma minirreforma administrativa. O espectro da substituição iria desde gente que é internamente apontada como responsável pelas greves, da PM e dos professores, como outros que aparecem como fonte de desgaste da administração junto à opinião pública.
Wagner é cabeça de gelo – E por falar em Wagner, uma reunião recente na casa de um figurão do PT tratou de um assunto sobre o qual o partido nem suas principais lideranças haviam até agora se debruçado: o comportamento, que alguns segmentos do partido consideram frio demais, do governador Jaques Wagner com relação a aliados de primeira hora e candidaturas importantes do PT, principalmente no interior do Estado nesta campanha.
Sem se ater a casos específicos, o grupo deixou claro que, mesmo para petistas considerados próximos do Palácio de Ondina, a postura de Wagner continua sendo uma incógnita para muitos de seus correligionários. Em suma, tem gente boa na legenda que acha que Wagner é frio com relação às demandas gerais do partido e de seus quadros, deixando claro que tem os seus eleitos e preferidos – neste caso, num horizonte que vai além do campo político. (Raio Laser/Tribuna)