Carolina Sarres
Agência Brasil
Brasília – O desemprego na América Latina teve redução no primeiro semestre de 2012 como indicam dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Segundo a publicação Conjuntura do Mercado de Trabalho da América Latina e do Caribe, a região deverá encerrar o ano com taxa de desemprego de 6,4%, pouco menos que os 6,7% em 2011.
O estudo dos dois órgãos das Nações Unidas aponta tendência positiva no mercado de trabalho, apesar da queda na taxa de crescimento na região – que caiu de 4,3% para 3,2% de 2011 a 2012. De acordo com o documento da OIT e da Cepal, a expansão de 3% do emprego assalariado formal e o aumento de 3% do salário real em 2012 contribuem para as perspectivas positivas, em relação a igual período do ano passado.
“Durante o primeiro semestre de 2012, em muitos países manteve-se a tendência recente de melhora na qualidade do emprego, caracterizada pelo dinamismo da geração de emprego assalariado, significativos aumentos do emprego formal e redução do subemprego”, diz, no prefácio do documento, a secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, e a diretora regional do escritório da OIT para a América Latina e o Caribe, Elizabeth Tinoco.
Na publicação, destacou-se a persistência de problemas estruturais que afetam a inserção de jovens no mercado de trabalho, como a percepção de que são mão-de-obra secundária, usada para ajustar o mercado em momentos de oscilação da demanda e a falta de políticas públicas e de diálogo social.