AGÊNCIA ANSA
Varsóvia – O ex-presidente polonês e Prêmio Nobel da Paz de 1983, Lech Walesa, disse estar “surpreso e desiludido” pelo anúncio de que o Prêmio Nobel da Paz deste ano será entregue à União Europeia (UE).
“Concordo que a UE tenta mudar a Europa e tornar o mundo mais pacífico, mas se paga por isso”, disse Walesa. Segundo ele, os ativistas, por sua parte, lutam a vida inteira só para defender uma idéia.
“Existem muitos casos de empenhos pessoais em todo o mundo”, acrescentou.
Nesta sexta-feira, o Comitê Nobel da Noruega, em Oslo, anunciou a vitória da UE como reconhecimento de seus esforços para manter a democracia e o respeito aos direitos humanos, mesmo em épocas de crise.
A notícia foi bem recebida pelos líderes europeus, como a chanceler alemã, Angela Merkel. Para ela, o prêmio “é um encorajamento aos esforços pela paz”.
“A UE é algo de muita preciosidade para o bem dos europeus e do mundo”, disse, por sua vez, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.
Já o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, contou que estão “todos muito orgulhosos que os esforços da UE pela paz foram reconhecidos”.