A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Cachoeira retoma sua agenda de trabalho amanhã. O intervalo nos trabalhos ultrapassou um mês. No retorno, a missão dos membros do colegiado será tomar o depoimento do deputado Carlos Leréia (PSDB-GO). Ele foi flagrado em escutas telefônicas da Polícia Federal durante conversa com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de explorar jogos ilegais e corromper agentes públicos.
Na próxima quarta-feira, deputados e senadores terão a árdua tarefa de analisar mais de 500 requerimentos. Alguns integrantes da comissão não escondem o receio de que o tempo será curto para o exame de toda a papelada e o agendamento de novos depoimentos. O prazo de funcionamento da CPI se encerra no fim deste mês.
Para que o período seja prorrogado é preciso fazer um pedido formal, que será analisado pelo plenário do Congresso. Segundo o site UOL, o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), quer discutir a prorrogação com os líderes partidários. Para a comissão ter mais tempo para investigar, é preciso o apoio de um em cada três parlamentares. São necessárias assinaturas de 171 deputados e 81 senadores, assim como foi feito para criar a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito.
Entre os requerimentos a serem analisados estão pedidos de quebra de sigilos de 12 empresas que receberam recursos da Delta Construções, apontada pela Polícia Federal e Ministério Público Federal como elo financeiro da organização criminosa liderada por Cachoeira.