AGÊNCIA ANSA
Dubai – O movimento fundamentalista islâmico Al Qaeda pediu para os muçulmanos se mobilizarem e fecharem todas as embaixadas dos Estados Unidos, em protesto contra um filme produzido no país que critica o profeta Maomé.
Algumas repartições diplomáticas estão reforçando a segurança após uma série de incidentes e protestos registrados em países da Ásia, África e Oriente Médio. No dia 11 de setembro, o embaixador norte-americano na Líbia, Christopher Stevens, morreu em um dos ataques.
Ontem, confrontos diante da embaixada norte-americana na Tunísia deixaram ao menos quatro pessoas mortas, de acordo com a imprensa local.
“As sedes diplomáticas norte-americanas foram submetidas a uma pressão muito forte. Nas últimas horas, vimos diversos episódios de ataques execráveis”, comentou à ANSA o ministro italiano das Relações Exteriores, Giulio Terzi.
Diante dos episódios de violência, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que o país “nutre um profundo respeito pelo povo de todas as religiões”, além de ser favorável à “liberdade religiosa”.
“Não há uma justificativa para a violência. Não há nenhuma desculpa para os ataques contra as nossas embaixadas ou consulados. Enquanto eu for presidente, não tolerarei ações que prejudiquem os nossos cidadãos”, afirmou Obama.
Por sua vez, Ahmed al-Tayyeb, o grande imã de Al-Azha, a principal autoridade islâmica sunita, pediu, em uma carta, que a Organização das Nações Unidas (ONU) aprove “uma resolução internacional que vete qualquer ataque aos símbolos da religião muçulmana”.
O site Gawker também publicou neste sábado que o produtor do filme “Innocence of Muslims ” (Inocência de Muçulmanos, em tradução livre) seria Alan Roberts, de 65 anos, conhecido por dirigir filmes pornográficos. De acordo com o site, o verdadeiro nome de Alan Roberts é Robert Brownell.